quinta-feira, 28 de março de 2024

OS FANTASMAS AINDA SE DIVERTEM

 


Os Fantasmas Ainda se Divertem




Diretor Tim Burton
Ano 2024


Há exatos 36 anos, as telas dos cinemas exibiam um filme um tanto estranho para alguns. Isso porque seu estilo estético trazia uma junção sombria e engraçada de uma história bem peculiar.

Muitos não sabiam, mas seu visual bizarro e história intrigante acabariam inserindo o filme na lista de filmes Cult, conquistando uma geração. E para você que não faz ideia de qual filme estou falando, o filme é Os fantasmas se divertem de Tim Burton.

Lançado em 1988 e dirigido por Tim Burton, o filme Os fantasmas se divertem, esse ano completa 36 anos recebe finalmente a tão esperada sequência, intitulada Os fantasmas ainda se divertem. 
Leia até o final, porque eu vou te contar todas as novidades sobre Os fantasmas ainda se divertem.




Os Fantasmas Se Divertem


Os fantasmas se divertem foi lançado em 1988 e contava a história de um casal, que após descobrirem que morreram após um acidente de carro, também descobrem que a casa deles havia sido vendida. Para expulsar os novos moradores, eles acabam fazendo um pacto com o pior dos fantasmas: Beetlejuice ou Besouro suco, se preferir.


O filme tem cenas icônicas, uma trilha sonora marcante, e é repleto de momentos sombrios e engraçados. Afinal de contas, quem não lembra da cena do jantar, quando todos começam a cantar e a dançar a música de Belafonte: Banana boat Song?



Enredo


A trama de Os fantasmas se divertem gira em torno do casal de fantasmas que acaba fazendo um pacto com Beetlejuice, o Besouro Suco, um fantasma picareta cujo objetivo principal são revelados no decorrer da história. O casal acaba fazendo amizade com a jovem Lydia Deetz que também simpatiza com eles.





Besouro suco usa de elementos mais ousados para auxiliar o casal de fantasmas. Acreditando em Besouro Suco, eles se envolvem cada vez mais com esse fantasma espertão. Descobrimos então que sua intenção é se casar com ela.




O casal agora tinha um novo problema. Antes, eles queriam se livrar da nova família. Com isso, Besouro Suco acaba conhecendo Lydia, que para se livrar do mundo dos mortos para sempre, tenta se casar com a ingênua Lydia. A trama muda e o casal tem um novo objetivo. Impedir que Beetlejuice se case com a menina.

Os Fantasmas Ainda Se Divertem


Lançado pela Warner Bros, no dia 21 de março de 2024, o trailer do filme Os Fantasmas Ainda Se Divertem, mostra os pais de Lydia e a própria Lydia em um enterro. No trailer também descobrimos que Lydia teve uma filha.


Chegando na casa em que viveram, a menina acaba descobrindo a maquete onde supostamente vive Besouro Suco. Em outra cena do trailer, vemos Lydia e seu "crush" cara a cara. Com o conjunto de informações, podemos acreditar que Besouro Suco tem um novo alvo, e não é a Lydia, mas sua filha.




Assim como Os fantasmas se divertem, a sequência Os fantasmas ainda se divertem será dirigido por Tim Burton, que é incrível, devido sua peculiaridade e estilo estético. Não sei se outro diretor fária um trabalho tão inusitado, misturando elementos do terror e da comédia.


Bom, eu não sei vocês, mas eu estou louco para chegar dia 6 de setembro. Cresci assistindo ao filme e adorarei assistir à sequência. Mas me conta. Você também está ansioso para assistir, os fantasmas ainda se divertem?


Autor Alisson Dias


Assista ao Trailer do filme Os fantasmas ainda se Divertem:https:https://youtu.be/UYLLKWbZRz4?si=DxN-ET3N8MGRCGsw

Leia meu texto sobre o filme Cidade de Deus:https://plano-cine.blogspot.com/2024/03/CidadedeDeus.html

Fonte: https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/281223-fantasmas-divertem-2-trailer-sinopse-elenco-filme.htm

terça-feira, 19 de março de 2024

CIDADE DE DEUS

 CIDADE DE DEUS

Diretor Fernando Meirelles

Ano 2002

Lançado em 2002, o filme Cidade de Deus é o retrato clássico de uma das comunidades mais famosas do Rio de Janeiro, Cidade de Deus.

Dirigido por Fernando Meirelles e dirigido por Kátia Lund. O filme é uma adaptação do livro homônimo escrito por Paulo Lins e foi roteirizado por Bráulio Mantovani.

Cidade de Deus ficou mundialmente conhecido e ganhou vários prêmios


O filme ficou mundialmente famoso, ganhando vários prêmios. O diretor também recebeu uma indicação ao Oscar e vários prêmios. Dois anos antes do filme estrear, Meirelles iniciou uma oficina de teatro dentro da comunidade.

Elenco


O elenco do filme Cidade de Deus é formado por alunos dessa oficina de teatro, criada por Meirelles, cujo objetivo era dar oportunidade para os jovens que viviam na periferia. Com seus talentos escondidos, muitos se destacaram, contribuindo para que o filme se tornasse o que ele é hoje.

Cidade de Deus é ambientado na Cidade de Deus de 1960, e sua narrativa se estende até o ano de 1980, que começa apresentando a fama do trio Ternura que surge e desaparece quase que, ao mesmo tempo, deixando um novo personagem na história: Dadinho, ou melhor, o Zé Pequeno. 
O filme Cidade de Deus aborda inteligentemente a vida difícil que as pessoas que vivem em comunidades levam, a narrativa se desenrola sob a perspectiva de Buscapé.

Um menino pobre, que, em meio ao cenário em que habita, se vê tentado a entrar ao mundo que lhe é apresentado desde pequeno, mas seu sonho de ser fotógrafo acaba sendo um escape para ele.

Docuficção


Um filme é entretenimento, é arte, é veículo de comunicação e manifestação. Cidade de Deus é um docuficção que cumpre a função de expor a realidade nua e crua da favela. Um mundo sem lei, onde o Estado não tem poder. Nesse cenário, as pessoas são largadas à própria sorte, tendo que se submeter às leis do bandido ou da milícia.

Cidade Deus, diverte, mas também denúncia. É impossível não ficar imerso na história que possui tantos lados. O mocinho que se torna vilão, o vilão que se torna mocinho, o inocente que se torna culpado. Todos eles fazem parte de um jogo de manipulação e poder, onde só os fortes têm vez.
Os monstros não nascem! Eles são criados.
Se você ainda não conhece essa pérola do nosso cinema brasileiro, então deixo uma forte recomendação: Cidade de Deus.

Leia meu texto sobre o novo filme da Netflix Donzela: https://plano-cine.blogspot.com/2024/03/diretor-juan-carlos-fresnadillo-ano.html

Autor Alisson Dias. 


quinta-feira, 14 de março de 2024

DONZELA - NOVO FILME DA NETFLIX

 Donzela

Diretor Juan Carlos Fresnadillo

Ano 2024

Lançado no último dia 8 de março, acredito ser em homenagem ao dia internacional da mulher. O novo filme da Netflix, DONZELA, definitivamente não é a história de uma donzela indefesa que luta por um grande amor. A Donzela do nosso filme até luta, mas não é por um grande amor.

Vem comigo que eu vou te contar tudo que rola no novo filme da Netflix DONZELA com reis, vilarejos, dragões, cuspidores de fogo e Donzelas que não sonham com príncipes encantados. Este não é um filme clichê sobre Donzela como nós conhecemos.

Premissa

O filme tem como premissa a história de uma jovem de família pobre, que precisa se casar para salvar sua família e também seu povo. Millie Boby Bronw (Stranger Things) é quem dá vida a essa personagem.

Um pouco relutante, a jovem decide aceitar a oferta feita por seu pai. Alguns dias se passam e a família viaja para a realeza para que o casamento aconteça. O casamento sem muita enrolação acontece e é consumado. Bom, pelo menos deveria ter sido. E de forma horrenda.

Enredo

Ela, a noiva, a protagonista, após o casamento, descobre que a consumação do ato era ser entregue a um dragão feroz, que esperava por ela numa floresta obscura, porém fascinante.

Agora, a princesa Eloide precisa ser forte e inteligente o bastante para não morrer e assim buscar por justiça. Talvez, sem ter a intenção, a trama acaba servindo de metáfora para mulheres que se casam e acabam sendo vítimas de violência doméstica.

Donzelas indefesas?

O filme é incrível DONZELA, tem uma ótima fotografia, cenas memoráveis, etc. É bem gostoso de assistir. Ele faz aquilo que chamamos de repaginada, dentro do universo das donzelas. A interpretação de Brown está fantástica. Seu trabalho como atriz é impressionante. Mesmo sendo tão nova, Emillie tem feito trabalhos incríveis. Assim, seu contrato com a Netflix só tem a se prolongar.

Bom, hoje não terá spoiler do filme DONZELA. Se você quiser saber como o filme acaba. Saber qual é o destino de Eloide, sugeri que assista. E para quem é fã de Stranger Things, assim como eu, seguimos ansiosos pela próxima temporada da série. Em breve, escreverei sobre a série e o que nos aguarda.

Autor Alisson Dias

sexta-feira, 8 de março de 2024

BLADE RUNNER 1982

 BLADE RUNNER 1982


A primeira vez que assisti Blade Runner, eu confesso que não curti muito o filme. Não sei bem a razão, talvez eu ainda fosse novo demais para entender os verdadeiros dilemas que o filme trata e a mensagem que ele quer passar.




Mas, como um bom cinéfilo e estudante de cinema, eu não posso me dar ao luxo de assistir a filme apenas uma vez. Às vezes assisto como entretenimento, às vezes em forma de culto e assisto como experimento, prestando mais atenção aos sinais que até então estavam ali, mas eu não percebi. E mais atentando para as emoções que o filme desperta em mim.

Assistindo Blade Runner recentemente, conversei com um amigo sobre o filme, e concordamos que o filme é incrível em todos os aspectos. Então, eu decidi vir escrever sobre a nova visão que tenho sobre o filme. Agora, sem mais delongas, vamos ao que interessa?


Blade Runner, o retrato do futuro






O filme é ambientado em um mundo futurista, que traz em sua primeira camada a tecnologia, e seu maior avanço: os replicantes. Homens e mulheres não humanos, mas máquinas criadas para servir à humanidade.


A trama de Ridley Scott nos apresenta Deckard protagonizado por Harrison Ford, um policial que tem como único objetivo de vida caçar e exterminar replicantes que se rebelaram contra o sistema.

Deckard então inicia seu trabalho de caça até que se apaixona por Rachael, que para a surpresa e desgosto do policial, se revela uma replicante. Agora, Deckard está diante de um dilema ético e moral: cumprir seu dever ou esquecê-lo, e viver com sua amada?



Durante sua jornada, na busca pelos replicantes extremamente perigosos, Deckard começa entrar em conflito consigo mesmo, sobre o que é certo e errado. Os replicantes se rebelaram, não porque eram maus, mas porque queriam viver, considerando que eles eram programados para viverem apenas quatro anos.


Eram criados para servir e dar prazer à humanidade e depois eram descartados como lixo. Aqui temos outro dilema moral. Os replicantes eram criados para servir aos humanos, mas se revelam capazes de sentir sentimentos e emoções como os humanos.



Diante da riqueza da vida, lutar por sua sobrevivência não era algo restrito a eles, mas a todos os seres vivos. Lutar por sobrevivência não faz deles criminosos, mas sobreviventes. Exterminá-los pelo simples desejo de sobrevivência, sem dúvidas, era imoral.

O personagem Deckard também deixa uma grande reflexão para nós. O que é ser humano?
O que é ser um replicante? O personagem vivia em função de um trabalho no qual ele era obrigado a exterminar os replicantes, independente do que ele achava ser certo ou errado.


Uma vez que sabemos que o único objetivo para o qual os replicantes foram criados era servir, fica uma grande pergunta: Deckard e todos os humanos que reprimiam suas vontades, fazendo apenas o que era esperado, são humanos ou eles são as verdadeiras máquinas?



Com o avanço da tecnologia, diversas inteligências artificiais estão surgindo. Desde IAs para auxiliar em tarefas de escritório, trabalhos gráficos, designer, organização, etc., o filme nos obriga a refletir no caminho ao qual a humanidade está caminhando.

Cada vez mais robôs estão sendo criados, para serviços empresariais e domésticos. Coisa que era impossível há alguns anos. Temos IA que cria textos e os corrige, temos IA gerando imagens, temos IA gerando vídeos, escolhendo músicas, criando obras de arte.



Ao mesmo tempo que a vida vai ficando mais fácil, pensar no que mais pode vir, acaba sendo desesperador. O que faremos quando tudo isso ficar obsoleto? O que acontecerá com as IAs? Será que elas podem se rebelar contra nós? Essas são perguntas para fazer você refletir para onde estamos indo.

Blade Runner de 1982 é um filme incrível. Recentemente, ele ganhou uma continuação. Mas me conta o que você achou do filme e das questões que ele levanta.


Autor Alisson Dias

quarta-feira, 6 de março de 2024

DEADPOOL E WOLVERINE

 

Deadpool e Wolverine


No dia 1 de maio de 2009, a 20th Century Fox lançava o seu quarto filme sobre os mutantes mais famosos do mundo das HQs e do cinema. X-Men origens: Wolverine chega às telonas carregado de expectativas. O filme tinha como objetivo contar a origem do personagem Wolverine, como sugere o título.



O roteiro simples, tinha a tarefa de contar a história de Logan desde sua infância, quando já era um mutante, até sua vida adulta. Até ele e o irmão serem convocados para fazer parte de um grupo de militares, que servem como cobaia para os experimentos de William Stryker.

Logan e Victor tinham habilidades, que faziam deles pessoas especiais. Até que eles passam a fazer parte de um grupo de pessoas, que também eram dotados de habilidades especiais.



A Estreia fracassada de Deadpool

Muitos não lembram, ou se lembram, preferem esquecer, mas naquele grupo havia um personagem, que na época causou grande frustração. Esse personagem era Deadpool, ou pelo menos, deveria ser.

Recebendo o nome de Arma-X, Deadpool apareceu no filme como um personagem completamente bizarro. Ele tinha a boca costurada e tinha lâminas em ambas as mãos. Ele era controlado pelo general William Stryker, e era desprovido de qualquer emoção ou traços humanos.



É, o personagem foi um estrago total. Assim como o filme, obviamente não atendeu às expectativas do público. A história condensada, ótimos personagens, porém, pouco desenvolvidos, fizeram com que Deadpool, ou aquilo que ele deveria ser, caísse no esquecimento.

Deadpool ressurge

Para alegria dos fãs, no dia 11 de fevereiro de 2016, o longa-metragem Deadpool chega aos cinemas. O filme tinha como premissa a história de Wade Wilson, um ex-militar mercenário de ficha pequena, que se submete a um experimento após descobrir que tem câncer.



Wilson acaba se tornando um cara escroto, totalmente sem noção. Imagina a felicidade dos fãs. É isso que os fãs queriam. Um personagem comediante, contador de história, com piadas sem graça ou não, e super violento, vestindo uma roupa vermelha: Deadpool, como todos o conheciam.


Diferente da primeira versão de Deadpool, o seu ressurgimento foi um sucesso, assim como o filme. O filme fez tanto sucesso que ganhou uma sequência. Talvez a cereja do bolo foi a sacada que o diretor teve de fazer com que o personagem quebrasse a quarta parede, diversas vezes ao decorrer do filme. O mais incrível é que Ryan Reynolds retorna para o personagem, que não havia dado certo no filme de 2009.

Deadpool e Wolverine



Pronto! Com um Deadpool devasso, agora tudo que os fãs queriam era um reencontro entre Deadpool e Wolverine. A grande questão é que os anos se passaram. Hugh Jackman já havia se aposentado do personagem Wolverine no filme Logan. Os fãs já tinham perdido as esperanças. Seria impossível ver um reencontro entre os dois personagens.

Porém, mais uma vez, para surpresa e felicidade dos fãs, teremos o encontro esperado. É isso mesmo! Com estreia marcada para 25 de julho de 2024, Deadpool e Wolverine é o filme mais aguardado do ano. No dia 11 de fevereiro saiu o trailer oficial do filme, que você poderá assistir no link logo abaixo.

No trailer, Wade está rodeado de amigos, que juntos comemoram seu aniversário. É um momento harmonioso. Sua amada Vanessa pede que ele faça um pedido. Wade faz um pedido, mas o momento é interrompido pela TVA, que o leva sem muita cerimônia.

A cena muda para Wade sendo interrogado, e depois aparece em uma sala cheia de telas, onde são exibidas imagens dos vingadores. O trailer é fantástico, mas um dos momentos mais célebres acontece quando Deadpool está em um cenário de guerra caído e aparece a sombra de Wolverine, bem de frente para Deadpool, abrindo suas lâminas.

Sinceramente? O trailer é incrível. Se o filme for tudo aquilo que mostra no trailer, então galera se preparem. Apertem os cintos porque nós teremos um filmão. Agora me conta. Ansiosos para esse grande reencontro?

Autor Alisson Dias


Mar de Espanha, Minas Gerais, 6 de março de 2024


Assista o trailer oficial de Deadpool e Wolverine: https://youtu.be/Y92G_M9Ko_s?si=_-vWNZcR_v6Q2Oa8


Leia meu artigo sobre a série Avatar - O último mestre do ar: https://plano-cine.blogspot.com/2024/03/avatar-o-ultimo-mestre-do-ar.html

domingo, 3 de março de 2024

AVATAR - O ÚLTIMO MESTRE DO AR

Avatar

O Último Mestre do Ar

No último dia 22 de fevereiro, a Netflix lançou a série Avatar - O último mestre do ar. A série conta a história de Aang, um menino carismático, que, assim como qualquer criança de sua idade, não sonha com preocupações.


Aang é um menino que quer apenas ser criança, mas infelizmente descobrirá que o seu sonho mais simples, será impossível de ser conquistado. Porque ele é o Avatar - O último mestre do ar. Fique até o final, porque nesse artigo você vai saber tudo sobre a série e sua origem.


Avatar, a lenda de Aang


Tudo começou com a animação da Nickelodeon Avatar, a lenda de Aang, que conta a história dos irmãos Katara e Sokka, habitantes das tribos da água do sul. E antes que sua mente bulgue, abriremos aqui um parêntese.

Para que houvesse equilíbrio entre os povos, a terra se dividiu em quatro nações divididas em tribos. Cada nação tinha suas tribos, que eram dominadoras de um elemento da natureza: ar, água, terra e fogo.


Um menino simples da tribo do ar descobre que seria o avatar, mas, temendo a responsabilidade que estava diante dele, decidiu fugir em seu bisão voador para esfriar a cabeça. Apenas um ser na face da terra conseguiria controlar os quatro elementos. Esse era o Avatar.


Os irmãos Katara e Sokka, da tribo da água do sul, acabam encontrando um bloco de gelo. Sokka com medo do bloco, dá ordem a Katara para se retirarem, mas a menina espertinha usa um objetivo pontiagudo para romper o bloco e ajudar quem quer que estivesse ali.


Eles acabam descobrindo um menino entre a geleira. Quando o gelo se rompeu, uma luz atravessou o céu. Aquele era o sinal de que o Avatar havia retornado. E é aqui que começa a maior aventura de Katara, Sokka e Aang.


A série animada criada em 2005 conta com 61 episódios, distribuídos em três temporadas. Ela fez tanto sucesso, que outras obras foram sendo produzidas e lançadas. 

Depois de 5 anos do lançamento da animação que fez muito sucesso, finalmente Avatar - O último mestre do Ar, chegou às telonas. Mas infelizmente, o que era para ser um grande sucesso, não saiu como esperado.


O filme enfrentou diversos problemas, como roteiro defasado, narrativa mecânica, falta de informação, história condensada e muito mais. 

Acreditamos que a tarefa de transformar um livro em uma obra cinematográfica não é fácil, mas isso é algo que os fãs não querem saber. Um fã de verdade, assim como eu, deseja que a história adaptada seja fiel à obra.


Lembro que quando lançou o live action de Dragon Ball Z, eu e boa parte dos meus amigos ficamos super decepcionados. O filme foi um fracasso total. E Death Note da Netflix? Nossa! Toda a engrenagem que fazia a história girar foi totalmente perdida. Isso foi lamentável demais.

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Tudo que os fãs queriam era uma batalha de intelecto entre mocinho e vilão. Tudo que não aconteceu. Infelizmente, o live action de 2010 seguiu o mesmo caminho dos filmes citados acima. Particularmente, eu até curto o filme, mas isso porque eu não conheço toda a história da animação. Mas hoje, conhecendo quase todos os arcos da narrativa, eu consigo enxergar as problemáticas do filme.

Série Netflix

Agora falaremos do que realmente importa. O assunto do momento. Avatar - O último mestre do ar finalmente saiu. Produzido pela Netflix, a série divide opiniões. Alguns gostaram da nova adaptação, enquanto outros acharam a série totalmente caricata, com uma história condensada.


Bom, existe um senso comum que diz que gosto não se discute. Eu concordo! As pessoas têm direito a opiniões, e isso é o máximo. Imagine se todos pensassem as mesmas coisas, gostassem das mesmas coisas, concordassem com as mesmas coisas. O mundo seria muito chato. Discordar faz parte. Discutir também faz parte.


Eu não sei qual é a sua opinião sobre a série, no entanto, eu estou aqui para, digamos, facilitar as coisas, fazendo com que sua opinião seja mais coerente, se assim posso dizer, e aí, a partir do que você ler e do que você assistir, caberá somente a você dizer o que achou da série. 


A Netflix tem aderido à cultura de pegar obras de sucesso, da literatura, do universo das animações, HQs, etc. para adaptar. Tenho que concordar que, por mais que eles tenham feito trabalhos incríveis, a verdade é que nem sempre eles acertam. Mas, falando especialmente sobre Avatar - O último mestre do ar, eu acredito que eles se esforçaram para produzir um trabalho que realmente valesse a pena. 


Avatar - O último mestre do ar, produzido pela Netflix, não se compara com o filme de 2010. Isso já é um ponto positivo. Considerando que a maior parte do filme não funcionou. Diferente disso, a série não é perfeita, mas digamos que tudo funcionou como deveria funcionar.



A série se concentra em chegar o mais próximo possível da história original. Esse é um ponto positivo. Por mais que oito capítulos não deem para desenvolver a história toda, a série não teve pressa para contar o enredo. A narrativa estava acontecendo de forma orgânica.


Tudo estava tão orgânico, que em alguns momentos eu senti a história se arrastar. Talvez introduzir mais elementos da animação tornaria alguns pontos da história menos arrastados. Mas isso não prejudica o ritmo da narrativa.


O desenvolvimento dos personagens foi algo bem legal de se ver. Aang tinha noção da responsabilidade que lhe havia sido atribuída, mas isso não fez com que ele esquecesse que ainda era uma criança.


É claro que em alguns momentos eram ditas frases bem adultas, e às vezes a postura também era assim, mas isso não incomodou tanto porque sabemos da pressão que o personagem carrega por ser o avatar.


A série tem momentos extremamente importantes para o desenvolvimento da história. A cena em que Katara, Sokka e Aang vão atrás de respostas na tribo protegida pelas guerreiras, Aang entra no mundo espiritual para contactar a Avatar Kyoshi. Ele consegue muito mais do que isso, quando ela se fundiu a ele para lutar contra a nação do fogo, é uma das melhores cenas, se não há melhor.



A série se preocupa em contar o passo a passo da jornada do trio de amigos. Por exemplo: Aang fugiu após descobrir que ele era o Avatar. Ele desaparece por cem anos. E é descoberto próximo à tribo da água do Sul. Sua escolha acaba trazendo o desequilíbrio e a destruição de muitas tribos, inclusive a extinção de sua tribo.


Aang também foge sem aprender a dominar os outros três elementos. A série então se encarrega de trabalhar em cima desse arco. Aang precisa aprender a dominá-la, água, fogo e terra. Para isso, os três precisam buscar ajuda em outras tribos.


Outro ponto importante que o filme de 2010 ignora, porém, a série explora, é a história de Katara. Ela é uma dominadora da água, porém não tão habilidosa. Isso faz com que ela tenha cada vez mais interesse em aprender a dominar a água.


Quando ela chega na tribo da água do Norte, com Sokka e Aang, ela descobre que lá as mulheres são proibidas de dominar a água para lutar. Katara não aceita. Apesar de ser uma menina, ela dedicou boa parte de sua vida a aprender a dominação da água.


Encontrar mais dominadores da água para seu desenvolvimento foi muito importante. Ela estava convicta de que eles lhe ensinariam a dominação, mas acaba se enganando. Agora, a batalha se aproxima e ela precisa provar que é uma guerreira habilidosa.


Bom, para alívio dos fãs, a série Avatar - O Último Mestre do Ar da Netflix se saiu melhor do que o filme de 2010. Na minha opinião, não acho a série caricata ao ponto de invalidar todo o trabalho feito. Pelo contrário. Considerando a classificação indicada, a série não peca nesse quesito.


Se vocês ainda não assistiram Avatar, fica a dica para aqueles que são fãs do trio Avatar. E me conte o que achou da série. Será que ela tem futuro ou será mais um trabalho esquecido por não ser tão fiel à história original? Diz aí!


Autor Alisson Dias

sexta-feira, 1 de março de 2024

O MENINO DO PIJAMA LISTRADO

 O MENINO DO PIJAMA LISTRADO

Diretor Mark Herman
Ano 2008

Durante muito tempo, vários amigos vieram me falar sobre O menino do pijama listrado. Eu procrastinei muito para assistir ao filme. Não sei por quê, mas o fato é que mais uma vez eu tenho que dizer. Este é mais um filme que eu me arrependo de não ter assistido antes.


O menino do pijama listrado é a adaptação do livro de mesmo nome escrito por John Boyne. Assim como o livro, o filme parece ter a função de mostrar ao público a barbárie que foi a Segunda Guerra Mundial. Assim como outros filmes de guerra, eu não sei se o filme cumpre sua função. Talvez não. Acredito que é possível ter um breve vislumbre do que foi a Segunda Guerra Mundial, mas a verdade é que nós nunca saberemos de fato como foi.


Porém, não estar presente não significa que nós não possamos conhecer quem foram as vítimas de um dos piores capítulos da história da humanidade. Judeus, homossexuais, negros. Dezenas e centenas de pessoas sendo mortas sem ao menos terem chance de lutar.


No entanto, O menino do pijama listrado aborda uma perspectiva diferente desse cenário horrendo. E é isso que você confere agora. E para quem não assistiu, eu vou avisando que terá spoiler. Se você não assistiu, eu recomendo que você pare sua leitura bem aqui, vá assistir ao filme e depois retorne. Eu não quero estragar o que pode ser uma das maiores experiências cinematográficas da sua vida. 


O filme conta para o público a história de Bruno, um menino alemão de oito anos, que acaba sofrendo com a mudança repentina de seus pais para outro lugar. O menino sofre por ter que se separar dos amigos e depois, no novo lar, sofre pela falta de amigos.


Seu pai é um oficial nazista do alto escalão, e devido ao seu trabalho acaba tendo que se mudar com a família. Em seu novo lar, Bruno precisa se adaptar à sua nova vida. Diferente do seu antigo lar, agora ele e sua irmã não frequentam a escola. Um professor vai até a residência para ensinar-lhes.


Vivendo em um lar diferente, e tendo uma vida monótona, Bruno não deixa de notar que um dos criados que trabalha na casa dos pais usa, o que ele acredita ser um pijama listrado. Bruno estranha a vestimenta do homem e tenta entender o porquê daquilo. E também o fato do homem dizer ser um médico, mas trabalha na casa descascando batatas.


Seu pai, um homem aparentemente amoroso, porém rigoroso, está sempre trabalhando e mal tem tempo para a família. Sua irmã está cada vez mais atraída pelas ideias nazistas. E sua mãe, a única que realmente parece se importar com o menino, está sempre criando regras para que ele não saísse da propriedade que a família ocupava.


No entanto, Bruno, assim como toda criança, acaba burlando uma das regras da mãe, sobre atravessar os portões de madeira e sair da propriedade. Ele vai parar próximo há uma cerca e lá acaba fazendo amizade com um menino que tem quase a sua idade.

Ali, às margens dos campos de concentração, nascia uma grande amizade entre Bruno e Shrmul, O menino do pijama listrado. Enquanto os países lutavam uma guerra, a pureza e a inocência daqueles meninos mostravam que, independente do lado, sempre haveria pequenos inocentes pagando pela arrogância e crueldade daqueles que se julgavam melhores.


As idas e vindas às margens do campo de concentração, Bruno e Shrmul, se encontraram ao longo de vários dias. Isso criou um elo forte entre os dois. Porém, em uma das cenas em que Shrmul está fazendo um trabalho na casa de Bruno, a amizade acaba sendo abalada quando Bruno confere liberdade ao menino para comer um pedaço de bolo.  Um oficial acaba pegando o menino no flagra. Bruno, pressionado, acaba delatando o amigo.


Bruno se arrepende, chora e lamenta por delatar O menino do pijama listrado. Se sentindo mal pelo que havia feito, ele vai ao encontro do amigo, que não estava lá. Mas voltando outra vez, ele o encontra e pede desculpas pelo que havia feito.

É incrível como o roteiro vai conduzindo o telespectador por um caminho desconhecido, ao qual não se sabe muito bem o que vai acontecer. Você sente angústia, sente prazer na amizade dos amigos, mas, ao mesmo tempo, sente que tudo não passa de uma grande armadilha, não só para os personagens, mas para o público que acompanha a narrativa apreensiva.

A resolução do conflito

Esse é o ponto mais alto do filme. Muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. Bruno está prestes a se mudar novamente. Ele precisa ir, mas não quer ir sem antes se redimir com Shrmul, pelo que ele havia feito na casa. O pai de Shrmul havia desaparecido. E Bruno se propõe a ajudar Shrmul a procurá-lo. Mas, vestido com roupas comuns, Bruno seria descoberto, então a solução é vesti-lo com um pijama listrado. 

Após vestido, Bruno passa pela cerca e se junta ao amigo, com a missão de encontrar o pai de Shrmul e se redimir. O filme é cheio de tensão, mas esse momento é aquele momento que a montanha-russa faz aquele giro de 360 graus. A essa altura, você já imagina o que está prestes a acontecer. A mãe de Bruno sente falta do filho e todos começam uma busca pela probidade, chegando até os limites da casa. Lá, eles descobrem uma janela que os levava direto ao campo de concentração. 


No campo, os oficiais, de forma violenta, começam a organizar os prisioneiros. Pedem para que eles tirem as roupas. Ninguém sabe o que está acontecendo. Todos vão sendo conduzidos rapidamente para outra ala do campo de concentração. Aquilo que descobrimos ser uma sala de gás. É agoniante acompanhar os homens conduzidos por um caminho sem volta. E Bruno? Ah, pequeno Bruno! Vítima de uma guerra a qual nem sabia que existia. Assim o amável Shrmul.

A cena é finalizada ao som da nossa bela Vera Farmiga dando seu grito de dor enquanto a chuva se mistura a suas lagrimas. Aquela mãe sabia, sabia que seu inocente filho não ia mais voltar. O filme termina deixando aquela sensação de impotência, mediante a uma situação que sabemos que precisamos fazer algo, mas nada podemos fazer.

Bom esse é o meu texto sobre O menino do pijama listrado. De fato não saberemos como foi a Segunda Guerra Mundial, mas o cinema e a literatura cumprem a função de permitir que presente espie o passado. Bom, por hoje é só. Não esqueça de deixar seu comentário e dizer o que achou do filme.


Autor Alisson Dias