terça-feira, 20 de dezembro de 2022

O MÁGICO DE OZ - 1939

 O mágico de Oz – 1939

Em 1939 chegava aos cinemas a adaptação de O mágico de Oz, escrito por L. Frank Baum. Baum não sábia, mas sua história marcaria o período clássico da história do cinema mundial. Com Victor Flamming na direção, o filme marcou não só a época em que foi lançado, mas continua chamando a atenção de telespectadores e profissionais do cinema.

História

Na história, conhecemos uma menina órfão de 11 anos que mora com os tios em uma fazenda no Kansas (ESTADOS UNIDOS). A menina é Dorothy. Uma criança que mesmo tendo pouca idade já enfrenta seus próprios problemas. O filme nos apresenta uma menina solitária cujo sua melhor companhia é seu cãozinho chamado totó.

Após seu cãozinho ser levado embora por uma vizinha, Dorothy fica triste e passa a sonhar com um lugar aonde as dores da vida real não existem. Em uma das cenas mais lindas do cinema, vemos encantadora atriz Judy Garland cantar a música over the Rainbow (além do arco-íris).

Para a felicidade de Dorothy, totó foge. A menina, então, caminha rumo a uma estrada, na tentativa frustrante de fugir da fazenda dos tios, e impedir que novamente alguém tentasse levar seu cãozinho embora novamente. No meio do caminho Dorothy encontra um adivinho charlatão que tenta enganar a menina se utilizando de truques de mágica. 

Dorothy, muito ingênua retorna para casa, mas não encontra ninguém. Ela acaba caindo em um sono profundo, e quando acordou, não estava mais no Kansas, mas sim, no Maravilhoso mundo de Oz. Em sua trajetória Dorothy acaba fazendo amizade com um grupo muito peculiar: um espantalho. Um leão e um homem de lata.

Filme

A história é fantástica, porem se torna ainda mais incrível com os efeitos especiais usados no filme. A história é dividida de forma inteligente e revolucionaria. No Kansas vemos Dorothy, sua tia, seu tio e os empregados da fazendo preencherem um mundo em um tom de sépia, com a imagem crepitando pelas deficiências técnicas da época. 

Mas ao abrir a porta, Dorothy e o telespectador são presenteados com um arco-íris de cores vivas e alegres graças ao tecnicolor. Com uma direção de arte impecável, os responsáveis pelo cenário e pelos figurinos foram incentivados a usarem o máximo possível de cores, para aproveitar todas as vantagens do tecnicolor. E assim somos presenteados com nascimento do cinema colorido

Diferente das histórias tradicionais, aonde um grupo trabalha junto em prol do mesmo objetivo, os personagens embarcam juntos em uma jornada a procura daquilo que lhes faltam para serem felizes; Enquanto Dorothy está a procura de um lar feliz e sem problemas, o Espantalho deseja um cérebro, um Leão busca coragem e o Homem de lata busca um coração. E todos acreditam que o mágico é o único que pode os ajudar.

Como os críticos interpretam os personagens

Alguns críticos, se não a maioria, interpreta os personagens como símbolos de temas políticos e econômicos dos USA. O Espantalho pode ser uma metáfora das péssimas condições de trabalho dos agricultores do Meio-Oeste, na grande depressão. O Leão covarde era uma caricatura do político William Jennings Bryan. O enferrujado Homem de lata pode representar a condição dos trabalhadores da falida indústria do aço.

O Mágico de oz de 1939 é o pioneiro dos filmes coloridos, produzido em uma época em que os filmes ainda eram feitos em preto e branco. Mesmo tendo se investido muito no orçamento do filme e não tendo arrecadado o esperado, 83 anos se passaram desde o seu lançamento, o filme ainda é considerado um dos maiores filmes de Hollywood, encantando gerações e gerações.

Autor Alisson Dias

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